O primeiro contato de Ricardo Castro com o “El Sistema” deu-se em 2006 quando assistiu o filme “Tocar y Luchar” na Venezuela onde esteve para realizar concertos como pianista.

Certo de que um programa similar poderia funcionar bem na Bahia, começou a divulgar a ideia para todos os possíveis interessados, colocando-se à disposição para ajudar se fosse necessário.

Em janeiro de 2007, Ricardo aceitou o convite do Secretario de Cultura do Estado da Bahia para implantar um programa inspirado no “El Sistema” que foi criado em 1975 e que conta hoje com mais de 350 mil crianças e jovens em mais de 180 orquestras em todo o pais. Foram seguidos os seus princípios básicos: ser um programa de estado, ter a multiplicação e excelência como metas principais e promover o desenvolvimento social e a integração social através da prática orquestral e coral.

NEOJIBA, que veio a ser o nome do projeto, é em realidade a sigla para Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia.

Desde então o NEOJIBA representa uma possibilidade de mudança na vida de crianças e jovens que, através da prática coletiva da música, adquirem ferramentas essenciais ao desenvolvimento pleno de suas capacidades. O resultado dessa prática é confirmado no alto nível de excelência alcançado pelos músicos das suas orquestras que realizaram, até o final de 2012, 240 apresentações para um publico estimado em mais de 150 mil pessoas.

Ao completar 5 anos em outubro de 2012 NEOJIBA contava com 4 orquestras completas e já recebia mais de 500 crianças e jovens.

Graças a contatos de Ricardo Castro, tanto no Brasil quanto na Europa e nos Estados-Unidos, o NEOJIBA recebeu desde o seu inicio renomados professores de Tem realizado tambem parcerias para intercâmbios de músicos com instituições com instituições como a National Youth Orchestra of Great Britain – NYO (Reino Unido), a Youth Orchestra of the Americas - YOA e a Juilliard School of Music , em Nova Iorque e conta com parceiros como: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Brasil Classical (EUA) e Jeunesses Musicales International (JMI), a maior rede de projetos musicais para a juventude, sendo NEOJIBA o 1º programa brasileiro a tornar-se membro.

Em 2011 a Orquestra Juvenil da Bahia realizou, além de uma importante temporada no Teatro Castro Alves e apresentações em cidades do interior da Bahia, concertos em prestigiadas salas, incluindo uma apresentação com o pianista Lang Lang no Royal Festival Hall de Londres, concertos na Konzerthaus em Berlin e no Victoria Hall de Genebra, com Maria João Pires como solista, e fez sua estreia na série de assinaturas do Mozarteum Brasileiro, com apresentação na Sala São Paulo, tendo como solista o violinista Shlomo Mintz. E em março de 2012 a Juvenil da Bahia foi a orquestra residente do festival Música em Trancoso, dividindo o palco com músicos como as pianistas irmãs Labèque, e músicos da Orquestra Filarmônica de Berlim. Voltou em fevereiro de 2013 para mais concertos.

Ricardo Castro é diretor geral, diretor musical e maestro titular da Orquestra Juvenil da Bahia e educador no NEOJIBA.